segunda-feira, 30 de maio de 2016


Criar Água benta


Modo 1

Na Igreja Católica, um leigo pode abençoar a água, e não é necessário o sacramento da ordem para fazê-lo (segundo o Rituale Romanum). Para abençoar a água segue-se a seguinte formula:

Deus, qui ad salutem humani generis maxima quæque sacramenta in aquarum substantia condidisti: adesto propitius invocationibus nostris, et elemento huic, multimodis purificationibus præparato, virtutem tuæ benedictionis infunde; ut creatura tua, mysteriis tuis serviens, ad abigendos dæmones morbosque pellendos divinæ gratiæ sumat effectum; ut quidquid in domibus vel in locis fidelium hæc unda resperserit careat omni immunditia, liberetur a noxa. Non illic resideat spiritus pestilens, non aura corrumpens: discedant omnes insidiæ latentis inimici; et si quid est quod aut incolumitati habitantium invidet aut quieti, aspersione hujus aquæ effugiat: ut salubritas, per invocationem sancti tui nominis expetita, ab omnibus sit impugnationibus defensa. Per Dominum, amen. †
†Exorcizo te, creatura aquæ, in nomine Dei Patris omnipotentis, et in nomine Jesu Christi, Filii ejus Domini nostri, et in virtute Spiritus Sancti: ut fias aqua exorcizata ad effugandam omnem potestatem inimici, et ipsum inimicum eradicare et explantare valeas cum angelis suis apostaticis, per virtutem ejusdem Domini nostri Jesu Christ: qui venturus est judicare vivos et mortuos et sæculum per ignem.

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Modo 2


Em muitas tradições a água benta é usada para limpar os espaços, pessoas e objetos, principalmente antes de uma cerimônia.
A água benta é um dos métodos mais eficazes de limpeza que podem ser usados, além disso, é muito fácil de preparar e a água está em nossas casas.
A água benta dispersa muito bem a energia negativa.
Os ingredientes são:
- Um copo de água, que você usa em sua casa
- Uma colher de sopa de água sal de mesa.
Abençoe o sal e depois salpique com os dedos na água.
Após a mistura da água com o sal, abençoar os dois unidos e polvilhar sobre o local, objeto ou pessoa que você tem para abençoar.
Você pode usar os dedos para polvilhar.
A água benta mantém o seu poder para apenas por dois dias.
E se sobrar após abençoar o que queria, jogue o restante num vaso de plantas ou jardim.
Portanto, é necessário dedicação no preparo, ai é que entra seu valor.
Na sua preparação, você deve usar os valores universais de amor, pureza e bondade.
Eu não sigo nenhum discurso religioso.
Claro, que se você segue uma crença ou religião, pode desenvolver uma oração em harmonia com suas crenças.
Você também pode usar um salmo ou uma prece.
A idéia é encontrar a fórmula que você confie na energia. Em essência, o que importa é a intenção.
Coloque a água benta e sal na frente de você. Não importa o material do recipiente. Você pode usar copo de vidro ou copo de papel, plástico ou cerâmica.

A imposição das mãos:
Focar, concentrar e relaxar.
Respiração profunda, fechar os olhos e sentir seu coração…
Quando sentir que está pronto(a), abra os olhos e fixá-los na água (que já estará em sua frente, mas ainda sem o sal).
Coloque sua mão direita sobre o copo de água e sentir sua palma da mão esquentar, sinal que sua energia já está passando para a água.
Converse com a água em voz alta e diga;
“Seres da água, em nome do amor universal,
estou te livrando de toda a negatividade,
do mal e da escuridão.
Onde quer que te coloque,
você irá definir a ordem, a paz e a luz do amor.”
Agora, desenhe sobre a água o símbolo que você acredita, Cruz, Pentagrama…
Sempre relacionado com suas crenças religiosas.
Abençoe o sal da mesma forma que abençoa a água.
Então dê uma pitada de sal enquanto faz o símbolo, repita três vezes.
Em seguida, despeje o restante de sal na água.
Coloque as duas mãos na água com o sal e dê a bênção final em silêncio.
Sinta-se a carga de energia em cada átomo de líquido.
Feche os olhos e visualize a energia da dança e juntando os átomos de água. Fique em silêncio enquanto o visualizar.
Dica para bênção silenciosa:
“Em ressonância harmônica com tudo o que é bom, eu canalizo o amor para esta água para onde quer que ela se espalhe, só o amor reinará.”
Ou faça sua bênção silenciosa:
Diga o quanto esta água é poderosa contra energias negativas, e como ela trará o bem.
Em seguida reze uma oração que aprendeu quando criança com muita força interior.
Pronto, esta é sua Água Benta.


Fonte: http://www.magiazen.com.br/

Guia para Iniciantes

- Além de balas comuns e de prata, mantenha em seu arsenal várias armas carregadas com sal grosso, são úteis até mesmo contra fantasmas.

- Tenha sempre consigo um vidrinho de água benta. Vampiros e demônios são muito mais comuns do que você pensa.

- Não adianta ter armas, facas, estacas se você também não tiver uma pá, bastante sal grosso e uma caixa de fósforos seca.

- Se suspeitar que seu vizinho esteja possuído, grite sem medo na cara dele o nome do Salvador em Latim, que é "Christo" se pronuncia Cristo. Se ele estiver mesmo possuído você irá logo saber, do contrário invente uma desculpa esfarrapada envolvendo um nome falso e um irmão demente.

- Você precisa saber que nem todos os vampiros são do mal. Alguns apenas sugam sangue de gado para sobreviver.
- … mas quando você encontrar algum que queira sugar seu pescocinho, saiba que do contrário dos vampiros de Angel e Buffy, eles não morrem a luz do sol e o alho apenas faz parte da sopa de ervilhas. No entanto, seria bem útil se você os desse de beber sangue de homem morto ou apenas os decapitassem.

- Nunca diga Bloody Mary 3 vezes na frente do espelho. Bom… você deveria saber o porque!

- Nunca (mas nunca mesmo) acredite em palhaços. Eles são mais perigosos do que parecem ser!

-Tente não morrer.

- Quando tentar aprisionar algum demônio, faça sempre dois círculos de aprisionamento. Se um deles falhar você tem o outro.

- Tenha sempre no seu carro um CD com várias músicas interessantes. Nunca se sabe quando você vai passar longas horas na estrada.

- Quando você encontrar um espantalho, não o chame de feio.

- Seu trabalho é ser caçador? Certo, não conte a ninguém, do contrário você poderá correr Riscos.

- Sempre tranque as janelas antes de dormir. E verifique se continuam fechadas mais tarde…

- Confie sempre em suas premonições, se você as tiver.
- … isso deveria ser a primeira dica: acredite sempre no inexplicável!

- Saiba que as criaturas sobrenaturais não são as únicas a cometerem atos malévolos. A família do seu melhor amigo pode usar ossos humanos como troféus e você nem saber disso.

- Tenha sempre em mãos um computador portátil para fazer as suas pesquisas.
- … e visite sempre a biblioteca pública da cidade que você estiver. Os jornais antigos são ótimos para encontrar pessoas e casos sobrenaturais!

- Sempre fique alerta para os sinais ao seu redor.
- … e durante suas caçadas, evite deixar pistas.

- Para se proteger, faça um circulo se sal ao seu redor.

- Sempre acredite quando sua filha dizer que tem um fantasma no armário, isso se você tiver uma filha.

- Para livrar a sua casa de espíritos ruins, coloque sal nos quatro cantos da casa.

- Quando as luzes da sua casa piscam, também não é um bom sinal.

- Nunca faça acordos com demônios.

- Tenha sempre uma lista bastante gorda para desculpas esfarrapadas.

- Crie um codinome para não ser rastreado.

- Mantenha pentagramas e cruzes sempre na posição correta (ponta pro norte).

- Crie códigos entre você e seu(s) parceiro(s) de caçada.

Anjos Encarnados

 




Muito se tem escrito na literatura esotérica ou espiritualista sobre a presença de anjos encarnados, vivendo entre nós como seres humanos comuns: estudando, trabalhando e desempenhando suas funções naturalmente na sociedade.  
Eles estão por todas as partes. Podemos ter contato com estas amáveis criaturas  nos momentos em que mais precisamos. Podemos até saber onde moram, quem são seus pais e sua família. Somos ajudados por tais seres e não nos damos conta da importância deles em nossa vida. Eles estão aqui para nos ajudar. Mas do mesmo modo como eles a nós vêm, também partem, para ajudar outras pessoas.
Por meio da minha clarissensibilidade (capacidade para perceber vibrações além da matéria), tenho percebido auras e energias das pessoas ao meu redor. E desse modo, posso reconhecer anjos que estão encarnados em nosso meio com a incrível missão de nos ajudar em nossas tarefas e dificuldades do dia a dia.
Os anjos são espíritos humanos decididos a ajudar a humanidade. Passaram pelas mesmas dificuldades que passamos hoje, e após terem obtido êxito e perfeição moral e intelectual, decidem descer ao nosso planeta com o intuito de elevar os seus irmãos terrestres à mesma categoria que eles agora gozam.   
Tais seres angélicos são capazes de modificar os padrões vibratórios dos lugares onde vivem, trazendo pureza e felicidade àqueles dos quais se aproximam por meio dos seus pensamentos e ações bondosas. Sempre trazem alegria e sensação de amor ao lugar onde estão, promovem a cura pelo toque e pelo olhar.

Característica :


Apesar de haver quantia considerável de textos na internet sobre o tema, ensinando a reconhecer os anjos, os seguintes tópicos que elenco a seguir são resultado de várias observações pessoais, as quais, facilitam para mim a tarefa de reconhecer os anjos no meu dia a dia:


  • Anjos possuem brilho no olhar quando estão olhando para você. Por vezes, você sente que ele vai chorar, mas tal brilho é o reflexo da pureza que existe em sua alma e de que ele está contente por estar perto de você;

  • Os olhos dos anjos parecem sorrir;

  • Anjos são extremamente sensíveis. Podem ficar ansiosos ou agitados na presença de luzes fortes, sons altos, olhares agressivos, sentimentos ou ações de outras pessoas;

  • Possuem a capacidade de sentir pessoas, mesmo que estas estejam a milhares de quilômetros de distância e entender seus pensamentos;

  • Sabem quando são bem-vindos ou não a determinados ambientes e podem retirar-se de lugares sem motivos aparentes;

  • Sua fala pode parecer confusa ao expor idéias, isto porque o corpo físico costuma não responder com a mesma velocidade do seu espírito, que vibra além do normal;

  • Sua voz é calma e pode emocionar e acalmar quem ouve;

  • Mesmo quando falam alto sua voz está longe de parecer desagradável;

  • Anjos sempre estão ajudando outras pessoas e fazem de tudo para que ninguém saiba disso;

  • Raramente um anjo conta seus problemas para outras pessoas e quando o fazem escolhem a dedo as pessoas para quem contar tais problemas. E não raro, sentem-se culpados de procurar ajuda, pois acreditam que o outro já tem problemas demais;

  • De um modo geral, parecem jovens e são sorridentes;

  • Podem ou não possuir religiões. E quando a possuem, a utilizam como um modo mais fácil de ajudar outras pessoas;

  • Tendem a buscar o místico e a espiritualidade que está além do senso comum. Gostam de ler histórias sobre anjos ou seres divinos;

  • Tendem a ser pouco exigentes, e são tratados muitas vezes como conformistas por se sentirem felizes com o pouco que tem;

  • Quando sentem que injustiças estão sendo cometidas contra seres indefesos, podem adotar posturas mais energéticas, sem todavia, desperta raiva ou ira em si mesmo;

  • Amam o belo e a natureza, mas se moram em locais urbanos, tendem a se isolar em casas;
  • Amam os animais e tendem a ser vegetarianos;

  • Parecem irradiar luz por onde passam, purificando ambientes e acalmando os corações;
  • Tendem a pedir desculpas mesmo que não tenham errado;

  • Tendem a evitar relacionamentos amorosos por suas próprias dificuldades em achar parceiros que lhe sejam semelhantes;

  • São amorosos e parecem mães, pais ou irmãos mais velhos, mesmo que sejam mais novos que o objeto do seu amor;

  • Tendem a parecer felizes e dispostos a ajudar, mesmo que tenham perdido parentes ou se decepcionado gravemente;

  • Parecem ler pensamentos ou emoções e costumam sentir dores e sentimentos de outras pessoas;

  • Possuem facilidade para entender o outro e dificuldade em se expressar, o que tende a gerar a sua incrível capacidade de ouvir muito e dizer pouco;

  • Demonstram respeito a outras pessoas e evitam criticas desconstrutivas;

  • Podem possuir auras de cores calmas e brilhantes, como azul índigo, roxo, tons violáceos ou aura multicolor.



fonte: http://diariodeumclarissensitivo.blogspot.com.br/


Moiras ou Parcas



Na mitologia grega as Moiras eram as três irmãs que determinavam o destino, tanto dos deuses quanto dos seres humanos. Eram três mulheres lúgubres, responsáveis por fabricar, tecer e cortar o fio da vida dos mortais. Durante o trabalho, as Moiras fazem uso da Roda da Fortuna, que é o tear utilizado para se tecer os fios. As voltas da roda posicionam o fio de cada pessoa em sua parte mais privilegiada, o topo; ou em sua parte menos desejável, o fundo, explicando-se assim os períodos de boa ou má sorte de todos.
As três deusas decidiam o destino individual dos antigos gregos e criaram Têmis, Nêmesis e as Erínias. Pertenciam à primeira geração divina originadas do Caos. As Moiras eram filhas de Nix (a noite) e assim como Nix, eram domadoras de deusas e homens. Moira, no singular, era inicialmente o destino. Na Ilíada representava uma lei que pairava sobre deuses e homens, pois nem Zeus estava autorizado a transgredi-la sem interferir na harmonia cósmica.
Na Odisséia aparecem as fiandeiras. Os poetas da antiguidade descreviam as Moiras como donzelas de aspecto sinistro, de grandes dentes e longas unhas. Nas artes plásticas, ao contrário, aparecem representadas como lindas donzelas.
  • Cloto, em grego significa fiar, segurava o fuso e tecia o fio da vida. Junto de Ilítia, Ártemis e Hécate, Cloto atuava como deusa dos nascimentos e partos. Láquesis, em grego significa sortear, puxava e enrolava o fio tecido.
  • Láquesis atuava junto com Tyche, Pluto, Moros e outros, sorteando o quinhão de atribuições que se ganhava em vida.
  • Átropos, em grego significa afastar, ela cortava o fio da vida. Átropos juntamente a Tânatos, Queres e Moros, determinava o fim da vida.
Os meses do calendário atual foram adaptados do antigo calendário lunar. Para os romanos, eram chamadas de Parcas e o significado do nome das Parcas vem do verbo parir, dar à luz. A gravidez humana dura nove luas e não nove meses. Portanto, a Nona lua, é a Parca que tece o fio da vida no útero materno.
No antigo calendário romano, Dezembro era o décimo mês chamado de Decem, uma homenagem à deusa Décima, uma das Senhoras do Destino. A Décima lua, é a do nascimento, o cordão umbilical sendo cortado, o começo de uma vida terrena. Morta, é a Parca que preside a outra extremidade da vida, o próprio fim que pode acontecer a qualquer momento. Conta-se que elas eram cegas.
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As Moiras configuram a misteriosa lei que atua em nossas vidas; que mesmo sendo desconhecida e invisível determina as subitas mudanças alterando os padrões pré-estabelecidos da vida. Em todas as nossas mudanças de vida, nunca paramos para pensar em suas causas, mas apenas pensamos em nossas próprias reações a tais mudanças.
Podemos ser lançados à sorte como também ser lançados ao fracasso, e ao invés de reconhecermos que existe uma força que pode nos abater ou pode nos elevar, preferimos acreditar que as mudanças ocorrem devido ao acaso, ou por acidente.
Estas figuras antigas que estão arraigadas nas profundezas da inconsciência, só nos damos conta delas quando através dos efeitos externos, que muitos denominam como destino, surgem diante de nós. É a vivência de outro eu que mora dentro de nós e que projetamos no mundo visível, e assim culparmos os outros ou às circunstâncias pelas mudanças repentinas em nossas vidas.
São as mudanças que nos fazem entender a inteligência desse outro eu oculto que escolhe ir em direção a várias situações, pessoas e caminhos. O destino não vem ao nosso encontro, somos nós que vamos de encontro a ele.



Fonteshttp://eventosmitologiagrega.blogspot.com.br/


Amazonas



As Amazonas eram guerreiras, donas de armas, cavalos e com uma estrutura social própria. Foram imortalizadas na maioria das lendas por sua coragem de luta quando enfrentavam os homens que tentavam submetê-las. Independentes, viviam em ilhas ou perto do mar e frequentemente recebiam visitas de aventureiros. Algumas engravidavam deles mas somente ficavam com as filhas. Os filhos eram entregues ao pai.

Segundo uma lenda, as Amazonas eram filhas de Ares, deus da guerra, de quem teriam herdado a audácia e a coragem. O deus teria dado um cinturão para a rainha Hipólita como símbolo do poder sobre seu povo. O cinturão tem uma simbologia de transmitir força, poder e proteção, além do valor iniciático. A mais célebre luta das Amazonas aconteceu com o herói Hércules quando ele raptou a amazona Hipólita, provocando a guerra das Amazonas contra Atenas. 

O país das Amazonas país era a Trácia, lugar de clima rude, rico em cavalos e percorrido por populações violentas e guerreiras. Segundo alguns, teriam fundado a cidade de Mitilene, na Ilha de Lesbos, terra da poeta Safo. Outros dizem que sua morada ficava em Éfeso, onde fundaram um templo dedicado à Ártemis, divindade virgem que percorria campos e florestas, considerada protetora das Amazonas. 


As Amazonas mutilavam o seio direito para que manejassem melhor o arco e outras armas. Sacrificavam sua feminilidade para combater na luta pela independência e para fortalecer a deusa Ártemis de Éfeso. A arte normalmente representa Ártemis coberta com um manto cheio de seios, símbolos dos seios sacrificados a ela pelas Amazonas.


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O mito das Amazonas simbolizam as mulheres que ao longo do tempo lutam para derrubar preconceitos, não se rendendo à submissão e à violência masculina; que não aceitam o tradicional papel doméstico imposto à figura feminina e mais do que em todos os tempos, estão enganjadas contra a violência doméstica. 

As mulheres do mundo atual não guerreiam com armas e, quando mutilam os seios, é por causa da luta contra o câncer, defendendo a própria vida. São as guerreiras que não se entregam e resistem, enfrentando o mal do século. Outras se mutilam por motivos estéticos, diminuindo ou aumentando os seios; um direito que elas descobriram para se sentir bem com seu próprio corpo. 


As mulheres do mundo atual são encorajadas na superação de limites e estão empenhadas na luta por uma sociedade mais justa, onde homens e mulheres tenham papéis importantes na manutenção do planeta, como um lar de todos. Defendendo filhos e filhas, elas conquistam o direito de tornar o mundo melhor, mais humano e sensível.

Malleus Maleficarum



Malleus Maleficarum Maleficat & earum haeresim, ut framea potentissima conterens ou mais comumente chamado apenas Malleus Maleficarum é o título original em latim (também chamado O Martelo das Bruxas ou O Martelo das Feiticeiras, livro publicado em 1486 ou 1487pelos dominicanos Heinrich Kraemer James Sprenger, na Alemanha, em cumprimento à bula papal Summis Desiderantis Affectibus de Inocêncio VIII, que os autorizava criar um manual de combate aos praticantes de heresias - e que veio a se tornar o guia dos inquisidores pelo restante do século XV e seguintes; embora outros manuais tenham sido escritos no período, este é dos mais "perversos e cruéis", verdadeiro "manual de ódio, de tortura e morte".
A partir dele a Igreja Católica torturou, matou e perseguiu especialmente as mulheres, acusadas de bruxaria, pactos com o diabo e heresias, levando à fogueira mais de cem mil delas na Europa.  O Malleus passou a ser o guia da perseguição às mulheres acusadas de práticas de magia, fazendo com que todo o período fosse conhecido como de caça às bruxas, tendo seus eventos mais acentuadamente ocorridos em França e Alemanha, e nalguns momentos na InglaterraBélgicaSuíçaItália e outros.
O livro é dividido em três partes; na primeira, relata as propriedades do demônio e sua ligação com a bruxaria; a segunda trata de como lidar com os malefícios durante o dia-a-dia; finalmente, a terceira parte faz a descrição de como proceder aos julgamentos e como cumprir as sentenças.
Apesar de seu conteúdo obscuro, é uma obra da Idade Moderna, havendo surgido poucos anos antes da viagem de Colombo e contemporânea da obra de Pico della Mirandola, base do humanismo florentino.
Embora o livro original traga uma dupla autoria, modernamente é consenso que o papel do então renomado autor Sprenger na escrita deste livro deva ser mínima.

Precedentes históricos

Muitas leis europeias bastante antigas já traziam artigos punindo as práticas mágicas - como por exemplo a lei sálica, de Clóvisainda no século V que prescrevia várias multas para as práticas de bruxaria, especialmente as mortais ou referentes ao nó da bruxa.
Em 1326 o papa João XXII emitiu a bula Super Illius Specula, na qual a bruxaria passou ao rol de heresia já que, segundo as doutrinas em voga, suas práticas implicavam em pactos demoníacos e infidelidade com a fé cristã - o que autorizava a Inquisição a tratar de seu combate.
Durante todo o século XV então em várias regiões surgiram processos contra a feitiçaria, bem como tratados de demonologia foram sendo publicados.
Várias bulas foram publicadas por João XXII e Bento XII (do Papado de Avinhão) que tratavam de formas como lidar com as bruxarias, anatematizando essas abominações; também trataram do tema Gregório XIAlexandre V e Martinho VEugênio IV emitiu quatro bulas que iam contra a feitiçaria e a magia negra, a primeira delas para o inquisidorflorentino Pôncio Fougeyron; Nicolau V, em 1 de agosto de 1451 emitiu uma bula ao inquisidor dominicano Hugo Niger; a lista se encerra com as bulas emitidas por Calisto III e Pio II, que denunciavam a necromancia.
Digno de nota é que Alexandre IV enviou duas bulas, primeiro aos franciscanos e depois aos dominicanos, em 1258 e 1260, dizendo para que se esquivassem de julgar casos de feitiçaria, salvo quando tenha ficado patente que se tratava de clara heresia.
Foi contudo quando subiu ao trono papal Francesco della Rovere como Sisto IV que as feiticeiras passaram a ser vistas como integrantes de um complô internacional através de sociedades de bruxas, e foi o responsável pela nomeação de Torquemada como Grande Inquisidor de Castela e, finalmente, sua bula Summis desiderantes affectibus, que deu aos inquisidores poderes que até então eles não possuíam.

A mulher como instrumento do diabo, para Institoris


Título do Malleus, em edição de 1520.
A maior inovação da obra do inquisidor Institoris (Kraemer) foi justamente atribuir exclusivamente à mulher a condição de "bruxa" - o que inicialmente não foi aceito mesmo por seus contemporâneos; antes da publicação do livro, e de posse da bula papal, ele havia empreendido esforços para processar mulheres suspeitas de bruxaria, lançando-se numa vigorosa investigação em Innsbruck mas, apesar de encontrar uma cidade repleta de feiticeiras, as autoridades locais mostraram-se relutantes em fazer qualquer coisa contra elas; também entre os magistrados e o próprio bispo, Georg Golser, foram-lhe hostis na pretensão punitiva, em outubro daquele ano.
Durante um interrogatório preliminar Institoris procurou conectar a um desvio sexual feminino com a bruxaria, e o fez de tal forma que pareceu ofensivo aos seus anfitriões, que se mostraram claramente relutantes em aceitar a condição de bruxas como ele entendia; um autor chegou a comentar que Institoris reivindicava algo que não poderia provar; o fato foi que com todo o clima contrário, junto aos ardis advocatícios e a erros processuais cometidos pelo próprio Institoris, seus processos ali foram arruinados.[3]Ele insistiu em tentar reavivar os processos, mas só obteve negativas e finalmente recebeu uma ríspida ordem episcopal para sair da cidade, ou ficasse para sofrer a ira das famílias cujas esposas e filhas ele tinha ofendido.
(Como resposta a este tratamento tão adverso ele escreveu seu tratado, o Malleus Maleficarum ou Martelo das Bruxas que, assim como seu trabalho inquisitorial fracassado, não foi geralmente aceito - no qual procura de forma sistemática e abrangente descrever as bruxas, seu caráter e comportamento e ainda expor um resumo das medidas legais e espirituais a usar contra elas.)

Não existem bruxos, só bruxas


Mulher suspeita de bruxaria é interrogada por inquisidores.
É marcante na obra de Institoris que a bruxaria era algo exclusivamente feminino - enquanto outros autores da época consideravam as mulheres eram apenas propensas à superstição - ele foi além, afirmando que os pontos fracos tornavam a mulher passível às ciladas do diabo, em corpo e espírito - sendo o único inquisidor até então a ligar a bruxaria como algo inerente com o sexo feminino; isto para ele era algo simples, um fato verificado por meio de sua própria experiência e pelo senso comum - e qualquer prova em contrário era prontamente posta de lado por ele.[3]
Malleus, fruto deste pensamento, trata a existência de bruxos como algo minimizado, como realmente exceções; os magos, por exemplo, não são bruxos ou porque eles só usam de poderes naturais ocultos ou porque estão iludidos pensando que agem sob comando ou influência do demônio: eles, ao contrário das bruxas, jamais poderão estar ligados ao diabo, pois isto só ocorre por meio de um pacto explícito selado com a relação sexual.
Assim, Institoris chama os homens que trabalham com as formas populares de magia de "superstitiosi" ou de "magi", em vez de bruxos ("malefici"); caso lapidar, diz ele, foi o de um homem chamado Hengst que era famoso pela cura dos males frutos de magia, a ponto que multidões iam consultá-lo mesmo no auge do inverno - e como ele próprio dizia antes que apenas as bruxas tinham o poder de remover os malifícios, poder-se-ia concluir que seria tratado como "bruxo" - mas não: ele diz que Hangst era um mero supersticioso.
Ao interpretar o Formicarius, de Johann Nider, mesmo quando no original se diz que um "maleficus" confessara ter convocado o diabo para matar um inimigo, Institoris evita cuidadosamente em falar em "bruxo", referindo-se a ele de forma indireta.
Nenhum tratado anterior foi tão enfático em mostrar o sexo feminino como instrumento satânico quando este; pode ser considerado um marco na demonização da mulher, expondo-a à perseguição e ao castigo.

Conteúdo

Mulheres levadas à fogueira, por bruxaria.
Embora desde a antiguidade, e em muitas culturas além da Europa, a mulher fosse temida, isto só atingiu seu ápice quando ela teve reconhecido o seu papel como agente demoníaco, e nenhum outro tratado foi tão específico neste mister quanto o Malleus'; foi um marco na demonização da mulher e das práticas religiosas populares, sendo o manual da maioria dos inquisidores durante a "caça às bruxas".[8]
Assim é que Institoris afirma, pela primeira vez: “É um fato que maior número de praticantes de bruxaria é encontrado no sexo feminino. Fútil é contradizê-lo: afirmamo-lo com respaldo na experiência real, no testemunho verbal de pessoas merecedoras de crédito. Ele embasa suas ideias colocando a mulher como herdeira do pecado original: “...em virtude dessa falha, a mulher é animal imperfeito, sempre decepciona e mente.
A falta de memória das mulheres, segundo o Malleus, é uma das causas para sua propensão ao mal - já que não conseguem guardar muitas coisas nas lembranças, seguem mais seus impulso e instintos, estando muito mais afeitas a cair em pecado: "E, com efeito, assim como, em virtude da deficiência original em sua inteligência, são mais propensas a abjurarem a fé, por causa da falha secundária em seus afetos e paixões desordenados também almejam, fomentam e infligem vinganças várias, seja por bruxaria, seja por outros meios. Pelo que não surpreende que tantas bruxas sejam desse sexo."
Institoris deixa claro a origem feminina do mal, e qual motivo absolve os homens: "Há três coisas insaciáveis, quatro mesmo que nunca dizem: Basta! A quarta é a boca do útero. Pelo que, para saciarem a sua lascívia, copulam até mesmo com demônios. Poderíamos adiantar ainda outras razões, mas já nos parece suficientemente claro que não admira ser maior o número de mulheres contaminadas pela heresia da bruxaria. E por esse motivo convém referir-se a tal heresia culposa como a heresia das bruxas e não a dos magos, dado ser maior o contingente de mulheres que se entregam a essa prática. E abençoado seja o Altíssimo, Que até agora tem preservado o sexo masculino de crime tão hediondo: como Ele veio ao mundo e sofreu por nós, deu-nos, a nós homens, esse privilégio."

fonte: https://pt.wikipedia.org